segunda-feira, 21 de abril de 2008

Quase Cuiabá - parte I




Definições não são possíveis a esta altura do tempo.
O que seria então?
Vivo exatamente entre a saudade de casa
E a inspiração para uma rebeldia “on the road”.

Campo Grande passou delicado.
O frio que nos acompanhou,
Deixou uma marca de casaco
E vinho.
Assuntos introspectivos
Travados ao silêncio da madrugada.
Despedir-se cedo demais da cama do hotel,
Traduziu em fatos o que diz Jorge Drexler:
“Nada se perde. Tudo se transforma”.
A próxima cidade é Cuiaba, a Capital Morena.
Uma viajem de 700 km que deveria durar
Em torno de 10 horas – guardadas as proporções técnicas automotivas-
Transformou-se numa odisséia de conhecimento e superação.
Por volta de 15h30, de uma viajem que começou ás 8h da manhã,
A falta do Diesel, que alimenta o motor de carbono,
Desencadeou uma sucessão de acontecimentos memoráveis.
A conclusão, é que chegamos ás 4 horas da manhã na cama do hotel.
Sentir-se a deriva na beira da estrada
É um paradoxo de solidão interessante.
Ao mesmo tempo que brota uma sensação de abandono e impotência,
Descobre-se que os rastros do caminhar da humanidade,
São passos de solidariedade e companheirismo.
E sem escolha de classe ou cor.

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