quinta-feira, 21 de maio de 2009

Amanda vai viajar...

Amanda retirou os fones de ouvido da mochila, colocou-os em tiara sobre os cabelos, respirou fundo, segurou o MP3 com a mão esquerda e pressionando o dedo polegar sobre o “Play” pôs-se a caminhar. Saía de casa, do quarto, da tela do computador, para distribuir pela cidade um pouco de seus pensamentos. A musica como companhia inspirava-a.
Trilhava oculta sob as sombras dos casarios antigos iluminados pela luz perola da lua e deixava-se revelar quando banhava-se da mesma luz. Nas caminhadas noturnos os olhos não precisam dirigir-se a frente, além dos pés. Podem fixar-se junto dos mesmos. E ambos andam lentos, calmos, sem a pressa diurna ou a necessidade objetiva dos otimistas. Caminhar a esmo, ao sabor do vento, é embalar-se ao som das harpas angelicais. Anjos. Amanda precisa caminhar. Amanda precisa pensar...

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