domingo, 15 de março de 2009

Domingo

O dia nasceu pelas horas da aurora, ao toque suave e alegre do sol quente que
brilhava. Embora eu não estivesse acordado para ver de fato, podia sentir pela felicidade que entrava pela janela e iluminava meus sonhos. Já na tarde, acordado, pude ver o céu esmiuçar e, chumbo, despencar em tristeza sobre o poeta.
De repente, não mais que de repente.

E pensar sobre a vida, agora, é uma poesia triste, um soneto despedaçado. Cinzas de cigarro atiradas sob os dedos que desabafam angustiados. Não faz mais nenhum sentido as coisas terem algum sentido. O coração não quer deixar o corpo descansar e o corpo quer provar ao coração que não há mais nada a fazer, além de atirar-se nos braços da melancolia e ter a solidão como única companhia. Os olhos se recusam a brilhar.

Vontade de ficar assim, só, perdido no escuro dentro de mim.

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