terça-feira, 26 de agosto de 2008

motivos para não beber?

eu acho que estou enlouquecendo. já nao sei mais o que sou, o que quero ser ou o que ainda posso ser. sinto estar no limiar entre a decadencia e a ascendencia. não sei se vivo um amor ou se é ele que me curte. já nao sei por quem estou apaixonado ou quem está apaixonado por mim. um dia fui viril ao extremo e hoje sou poeta. e quem ainda lê poesia? pra quem a poesia ainda interessa? o que querem se não a busca pelo instantaneo? consomem drogas que levam ao extremo do fim em lugares que são o extremo da surdes (também por que não há nada a dizer); olham o sexo oposto, ou o mesmo, e nele procuram o imediatismo. é natural, perduram. é da idade. que idade? a tua? do organico? esta é uma geração Miojo. trabalho em um trabalho que por vezes me convence que nada adianta de fato, pois sem fome não há a venda dos pratos, e por vezes me convence de que contrataram a propria fome para trabalhar. amontoan-se as siglas e os corpos. no mais, são todos noticias do jornal das oito. e do meio dia. se eu te convidasse para almoçar em um frigorifico, em meio as carnes semi-vivas o que me dirias? e se te convidasse para almoçar em minha casa assistindo ao Jornal do Almoço? não tenho nada mais que minha ideologia. e para que serve ninguem sabe. quase nem eu sei. bebo, fumo, choro e escrevo. a distancia é uma merda, mas a merda é necessário ou explodiriamos. é também na distancia que me pego a pensar em ti. e este pensamento é o que norteia o primor destas linhas. nem sei se teus labios já tocaram outros labios ou se um dia querem tocar os labios meus. mas és minha princesa e no reinado desta angustia sou teu servo. para o dia de amanhã digo que esta é a terceira bock e que, portanto, só penso o que esvrevo... mas ainda acho que estou enlouquecendo. aos meus amigos que ainda acreditam na esperança, peço força. aos que já nem acreditam mais, ofereço um copo...

Nenhum comentário: