Eu bebo cada minuto de silêncio
Num compendio único e inigualável.
Não só por mim,
Mas também por todos aqueles
Que não precisam falar para se expressar.
Por isso bebem.
E não por que prezo o silêncio
(embora o preze)
Mas por que é no silencio
Que me escuto
E me escutando
É que percebo quem sou.
Eu bebo a cada minuto de silêncio
Pelas almas daqueles que falam demais,
Pelo desejo ardente
Daqueles que não sabem o que dizer.
Bebo para esquecer.
Esquecer tudo aquilo eu disse,
Tudo aquilo que faltou dizer
E todo o resto que a convenção
Não me deixou falar.
Bebo a cada minuto de silêncio
Por que cada minuto bebido em silêncio
É horas de embriagues não dita.
A vida não dita suas regras.
Sou eu o ditado para a vida.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
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4 comentários:
Sabe cara!
Às vezes te percebo longe, indiferente, penso que é comigo.
Sinto vontade de te perguntar o que houve ou te mandar pro raio que o parta mesmo.
Mas concordo, o silëncio diz muito.
Muitas vezes não há palavras justas pra desfazer uma curiosidade ou para expressar uma verdade recolhida.
Esse teu poema, Totonho, de tudo que li de ti, é seguramente tua obra prima.
Salve...
Maravilha!
Até me lembra o John... hehehe :)
abraços
Traia a vaidade... dos outros! Escreva, porra!
Sem palavras....
Teu silêncio durará quantos meses????
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