segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Silêncio!

Eu bebo cada minuto de silêncio
Num compendio único e inigualável.
Não só por mim,
Mas também por todos aqueles
Que não precisam falar para se expressar.
Por isso bebem.

E não por que prezo o silêncio
(embora o preze)
Mas por que é no silencio
Que me escuto
E me escutando
É que percebo quem sou.

Eu bebo a cada minuto de silêncio
Pelas almas daqueles que falam demais,
Pelo desejo ardente
Daqueles que não sabem o que dizer.
Bebo para esquecer.
Esquecer tudo aquilo eu disse,
Tudo aquilo que faltou dizer
E todo o resto que a convenção
Não me deixou falar.

Bebo a cada minuto de silêncio
Por que cada minuto bebido em silêncio
É horas de embriagues não dita.
A vida não dita suas regras.
Sou eu o ditado para a vida.

4 comentários:

Leandro Coimbra disse...

Sabe cara!
Às vezes te percebo longe, indiferente, penso que é comigo.
Sinto vontade de te perguntar o que houve ou te mandar pro raio que o parta mesmo.
Mas concordo, o silëncio diz muito.
Muitas vezes não há palavras justas pra desfazer uma curiosidade ou para expressar uma verdade recolhida.
Esse teu poema, Totonho, de tudo que li de ti, é seguramente tua obra prima.
Salve...

Cácian.Castro disse...

Maravilha!
Até me lembra o John... hehehe :)

abraços

Unknown disse...

Traia a vaidade... dos outros! Escreva, porra!

Bissigo Ricco disse...

Sem palavras....
Teu silêncio durará quantos meses????